terça-feira, 16 de outubro de 2012

Capítulo 5 - No escape


Oi gente!! Espero que gostem desse capítulo. Dessa vez eu botei um momento fofinho Niley, mas não se deixem enganar! A Miley ainda é uma criminosa e está enganando o Nick (tadinho D:). E se estiver acompanhando, por favor, deixe um comentário! Sério, comentários fazem toda a diferença para um escritora.
Ah! Giovanna, muito obrigada por divulgar minha fic na sua. Obrigada mesmo! 
Boa leitura!
Beijos
Capítulo 5
Miley Narrando

O estridente som do sinal ecoou por todo o colégio anunciando a tão esperada hora da saída de uma sexta-feira um tanto cansativa. Suspirei aliviada. Finalmente esse inferno acabou! A Sra. Jules avisou desesperadamente tentando cativar a atenção de pelo menos alguns alunos sobre o próximo teste de álgebra semana que vem. Mas poucos se importaram, e obviamente eu não estava entre esse grupo de alunos. Joguei minha bolsa apressadamente sobre o ombro, catei meus livros e folhas espalhados na mesa, empilhei todos antes de carregar nos braços e saí daquela sala.
Já havia completado uma semana. Uma semana desde que o Nicholas me pediu em namoro naquela festa. Até agora, tudo está em perfeita ordem. Richard, um dos nossos homens, conseguiu um emprego de faxineiro na empresa Jonas. Ele é encarregado de limpar em apenas alguns lugares específicos, mas só de garantir um lugar infiltrado lá, já está de bom tamanho. Assim, será mais fácil saber de todas as informações bancárias da empresa. Conseguimos também um tipo de acordo com uma gangue local. Eles nos emprestariam armas e homens se precisarmos. Além de uma certa cobertura. Se algum de nós for preso, eles terminariam o trabalho sujo. Mas é claro que isso tem um preço, que é um quinto do que conseguirmos. E eles sabem muito bem que só um quinto de toda aquela fortuna é dinheiro pra gastar a vida inteira e ainda sobraria um pouco.
Nenhuma desconfiança, mais informações estão sendo coletadas, mais segurança para nós, e hoje é o dia em que vou conhecer sua família e conhecer a prestigiada mansão em que costumam chamar de lar. Está saindo melhor do que imaginava pra apenas duas semanas em Los Angeles.
Desci os últimos degraus da saída da escola e dei de cara com o conversível vermelho que já conhecia em frente ao colégio. E aquele doce par de olhos castanhos praticamente sorria para mim junto com sua boca. O namorado perfeito estava a minha espera.
–Oi Miles! – falou animado, recebendo logo depois um selinho meu quando sentei no banco do carona. – Quer dar um passeio comigo antes de ir pra casa?
–Passeio? Pra onde? – perguntei curiosa. Pela primeira vez o Nick me levaria pra sair. Todos esses dias nós ficamos tão atolados com deveres e trabalhos de escola que só conseguíamos nos encontrar para namorar entre os intervalos das aulas e na saída.
–Bom, não considere como um primeiro encontro, por favor.- vi seu rosto corar. Até agora ele não se acostumou comigo e ainda cora de vez em quando. - Não é nada demais, mas eu gostaria que você fosse comigo pra praia. Para agente andar um pouco. Passar um tempo a sós... Sabe, até agora agente nunca teve um momento só nós dois. Além de que é um lugar bem relaxante. Você vai gostar. – ele disse já dando partida no carro.
–É claro que vou! – falei sorrindo para ele. – Nick, tem certeza que sua família vai gostar de mim? – mudei de assunto.
Ele deu uma rápida olhada pra mim, voltou o foco na estrada e sorriu divertido.
–Obvio que sim. Por que não gostariam de você? Você é perfeita. Não sei por que você se preocupa tanto com isso. Meu pai não é um bicho de sete cabeças!
–E sua mãe? –perguntei.
Seu sorriso se fechou com a minha pergunta, pigarreou e respirou fundo antes de me responder.
–Minha mãe, é... Ela faleceu. – Nick forçou sua voz a ficar mais neutra possível. Mas depois sua feição facial suavizou e voltou com um tom de voz mais agradável. – Mas aposto que ela ia amar você.- sorriu docemente para mim e voltou novamente a atenção na direção. - E agora eu tenho uma madrasta, mas ela não conta. Ela faz amizade com qualquer um! Então ela é a ultima pessoa para se preocupar. – eu ri junto com ele. – A Cristine é uma figura, vai se divertir muito com ela. – ele me disse.
– E seu irmão? Eu sei que você tem um, mas nunca me falou muito sobre ele.
–Ele ás vezes é meio complicado de lidar, mas é legal.
–Coplicado de lidar? Tipo aqueles caras revoltados que vive no quarto e são cheios de tatuagens só pra irritar os pais? – perguntei sendo recebida por um ataque de risos do Nicholas.
–Ele está longe de ser esse tipo de cara. Vamos dizer que ele é um pouco... Orgulhoso demais. E ás vezes se mete em confusões que tira meu pai do sério, mas nada como esses caras emos metidos a rebeldes. Ah! Olha que coincidência. Ele volta para Los Angeles hoje. E vai conseguir conhecer você. – finalmente chegamos à praia. Nick estacionou numa vaga disponível em frente ao nosso destino.
–Voltar para Los Angeles? Ele estava fora?
–Ele é modelo. Então ás vezes ele viaja pra fora para algumas seções de fotos de marcas estrangeiras.
–Hum... Sua família é bastante interessante. – disse enquanto saía do carro já com minhas sapatilhas na mão.
–Obrigado? – respondeu meio risonho.
–De nada. – dei uma risadinha e caminhei até a areia. O Nick veio logo atrás de mim.
Fechei os olhos para aproveitar melhor a leve brisa acariciando minha pele. Respirei fundo em pleno prazer em ouvir as ondas e sentir o relaxante cheiro de mar. – Isso aqui é ótimo. – falei ainda de olhos fechados.
–Sabia que você ia gostar. –sua voz me pareceu mais próxima do que imaginava. Quando abri os olhos vi que seu rosto está apenas a poucos centímetros do meu.
Aquele cheiro relaxante de sal se misturou com seu perfume. Ele mordeu seu lábio inferior fitando a minha boca e se aproximando cada vez mais... Antes que ele chegasse até meus lábios, me apressei em beijá-lo. Mas foi apenas um selinho e me afastei com um sorriso esperto no rosto.
–Só isso? – perguntou Nick desapontado.
–Se você quiser mais vai ter que me pegar. – logo depois que falei essa frase disparei para longe dele. Nicholas entrou na brincadeira e saiu correndo atrás de mim.
–Você sabe que eu jogo basebol desde os treze anos e sou o mais rápido do meu time, não é? – falou ele com ar de orgulho já ciente que me alcançaria.
–Você sabe que isso não é motivo para fazer me parar, certo? Sou muito mais rápida do que você imagina. – falei também um pouco orgulhosa.
Sei que sou rápida, mas era obvio que ele me alcançaria em alguma hora. Porém, eu não parei. Virei meu rosto para trás para ver onde ele estava. Nicholas já estava me alcançando. No meio da minha correria, tropecei na própria areia e caí. Se um tombo na frente do recém-namorado não fosse o bastante, capotei duna abaixo como se fosse um saco de lixo enorme rolando. A única coisa que eu conseguia ver era a areia na minha cara. Ninguém merece! Quando finalmente parei deitada no final da duna, tirei a areia do meu rosto.
–Miles, você está bem? – disse ele correndo até a mim rindo descontroladamente. Se ajoelhou no meu lado e apoiou as suas mãos cada uma de um lado meu.
–Tirando a metade de uma duna que está no meu cabelo, estou bem. E isso não tem graça. – falei mal humorada cruzando os braços ainda deitada encarando seu rosto que estava acima de mim, tapando o sol de minha vista.
Ele continuava rindo, escancarando seus dentes perfeitamente brancos e bem alinhados. Seu rosto, de tanto gargalhar, já estava ficando rosado e seus olhos estavam começando a lagrimejar. Ele parou quando percebeu que eu ainda o encarava séria.
–Ta bom, desculpa... Mas foi muito engraçado. Você parecia uma boneca de pano caindo! – dessa vez nem eu conseguir prender o riso. Segundos depois, Nick parou de rir com uma expressão que se lembrava de alguma coisa. – Ei, eu venci!
– É mesmo. Você venceu!
– E mereço meu prêmio... - ele botou sua outra perna do outro lado do meu corpo ficando em cima de mim. Seus olhos não paravam de encarar os meus. – Assim você não tem como escapar. Já que você adora fugir de mim. – sussurrou. Ele me fez lembrar da festa em que eu sempre me escapava de seu beijo. Agora ele só estava certificando que não fugiria novamente.
–Eu não vou fugir de você.
– Acho bom! – disse ele sorrindo e tirando uma mecha de cabelo do meu rosto.
Nick encostou seus lábios nos meus com suavidade, sem pressa. Logo depois, contornou meus lábios com sua língua provocante e deliciosamente até eu abri-los e dar passagem à mesma. Ficamos trocando beijos por um bom tempo até cansarmos e pararmos pra tomar um sorvete. Não pude demorar muito, pois Steve estava me esperando em casa e a esse ponto ele provavelmente está bastante preocupado, então Nick se apressou pra me deixar em casa.
Seu carro parou em frente ao quintal verdinho e florido da minha casa e se despediu com um ligeiro beijo.
–Amei o passeio. – disse ainda próxima a ele. – Espero que passemos mais momentos assim juntos.
–Vou tentar fazer momentos melhores ainda. – acariciou meu rosto com a costa da sua mão carinhosamente. Sorri meigamente para o Jonas e saí do carro.
–Te vejo mais tarde na sua casa.
– Tem certeza que não quer que eu te leve para lá?
–Não precisa, obrigada. Você não precisa virar meu chofer só porque é meu namorado. Meu pai vai me levar. Ou talvez meu primo. – Pois é, o primo que estou falando é o Chad. O Nicholas o viu aqui em casa, eu tive que me explicar pra ele quem era o cara que morava na mesma casa do que eu além de meu “pai”. – Mas não se preocupe com isso.
–Tudo bem, então. Tchau Miley, até mais tarde. Vá bem bonita, hein!
–Vou tentar. – disse sorrindo.
Ele apenas riu e deu partida ao carro e desapareceu de minha vista segundos depois. Adentrei na sala de estar bem decorada e encontrei Steve sentado no sofá conversando animadamente com Chad, Richard e mais um que esqueci o nome agora. Pouco me importei em cumprimentar e continuei meu caminho até o meu quarto.
–Miley? – a voz do meu tio ecoou pela sala quando me avistou subindo as escadas. – Primeiramente, eu estou cansado de falar com você que pessoas educadas cumprimentam uns aos outros e segundamente, onde que você estava, hein? Faz muito tempo desde o horário da sua saída.
– Boa tarde.- falei com um tom de voz nada animador seguido por um sorrisinho irônico.- E primeiramente...- comecei a imitá-lo – quantas vezes já te falei que você não é realmente meu pai e que eu não sou uma criança pra me tratar assim? Somos parceiros, esqueceu? E segundamente, eu estava com o Nicholas, está bom pra você?
–Você ainda está usando anticoncepcionais né? – perguntou Steve.
–Sim, mas o que isso tem a ver? – perguntei totalmente confusa.
–Só pra garantir que não teremos um herdeiro para a nossa futura fortuna. Mas se nada der certo poderíamos pensar bem nesse papo de criança. Dizem que pensões podem custar muito dinheiro!
O que? Que papo é esse de bebês?
– Eu não to transando com o Nick. – falei rolando os olhos lembrando a ideia tosca sobre herdeiro. – Agente só foi passear.
–Ainda não? – perguntou meu tio chocado.
–Não. E não vejo motivo pra você ficar surpreso desse jeito. Eu não sou uma puta.
– Mas é bem... Como podemos dizer...? Ah! Voraz quando se trata de homens. – Chad se meteu numa conversa que já estava ficando tensa demais para conversar com o meu tio maluco, o enxerido do Chad e aqueles capangas que mal conhecia que já me olhavam de um jeito malicioso.
–Quer saber?Vocês não tem nada a ver com a minha vida sexual. Então não se metam onde não foram chamados, ok? – terminei de subir as escadas, já irritada indo em direção ao meu quarto.
Admito que pareceu bem infantil e imaturo, mas eu bati a porta com a maior força de tive no braço. O que eles tinham a ver com a minha vida pessoal? Odeio ficar constrangida desse jeito. Mas eles se divertiam me vendo assim. Sorte a deles de eu estar muito calma hoje.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Capítulo 4 - Hangover


Oi gente!!! Espero que gostem desse capítulo. Deixem um comentário pra saber a opinião de vocês sobre a fic :) E pra quem já está adiantado no nyah, eu já postei o capítulo 14. Quem lê no nyah: Por favor não deixem de comentar lá também. Não quero ser muito chata, mas ficaria muito feliz com uma recomendação :) haha 
Ok, agora chega u.u    Aproveitem o capítulo!!!! 
A garrafa girava freneticamente, me deixando levemente tonta enquanto tentava olhar a boca dela, pedindo que não aponte para mim. Depois de vinte segundos, a garrafa parou. E com uma puta falta de sorte começou por mim. E um garoto da escola do Nicholas, chamado Trevor deveria me perguntar.
– Desafio! – falei rapidamente. Antes pagar um mico qualquer do que tentar mentir diante de questionamento um atrás do outro, observada por olhares esmagadores, olhos que quase sugam a verdade de sua boca. Isso não é uma situação confortável. E estou falando isso porque não é a primeira vez que jogo Verdade e Desafio com uma vítima minha. Não foi nada legal eles tentando me questionar mais e mais, a ponto de eu ir embora correndo de lá para não explodir de raiva e quebrar aquela maldita garrafa e furar o pescoço de cada um.
–Hum... Ok. Qual desafio eu poderia dar pra você? – perguntou com um sorrisinho maléfico. Pelo que eu percebi Nicholas começou a ficar um pouco tenso. Bom, e eu também. Pelo que me parece, esse cara já não vai com a minha cara, então o que será que espera por mim? – Você vai sair correndo na rua feito louca cantando uma música qualquer... – Hum... Que coisa boba. – Só de lingerie.
–Está de brincadeira, não é? – esbravejou Nick já bastante tenso. – Ela não vai fazer isso.
–É só um jogo Nick, relaxa. Aliás, qual tem a graça de um desafio que não é desafiador? – soltou um sorrisinho de lado.
–Mas ela agora é minha namorada. – disse inflando-se de orgulho e apontando para si mesmo.
–Isso é escolha dela se não percebeu. – respondeu uma loirinha.
– Não aceito o desafio. – cruzei os braços. Se estivesse numa situação qualquer até que eu aceitaria, mas eu estou aqui com o intuito de me aproximar do Nicholas. Ficar seminua na frente de seus amigos só o faria ficar raivoso e isso não ajudaria em nada no meu objetivo.
–Última saída. – a garota de cabelos pretos e sardas no rosto, se eu não me engano se chama Maggie, estendeu a garrafa intacta de tequila e na outra mão um prato com um pouco de sal e fatias de limão.
Eu não deveria beber hoje, eu não posso beber hoje. Mas desde quando eu faço o que se deve? A minha necessidade ao álcool hoje está cada vez maior do que dos outros dias. Pessoas quando estão ansiosas roem unhas, eu bebo. Nos últimos dias estou cada vez mais nervosa por causa da missão. Seria impossível resistir. Só uma dose não faria mal.
Steve Narrando
A toda velocidade, meu carro corria pela estrada quase deserta de Los Angeles. Apertei meus dedos no volante do carro bufando irado lembrando-me da ligação que recebi. Ela vai se ver comigo! Droga, por que em toda missão ela faz alguma merda? Afundei mais o acelerador tentado pelo menos descontar uma parte da minha raiva no automóvel. Ela acha que pode tudo, acha que é quem manda só porque ela que teve essa idéia idiota. Mas ela não é a líder da gangue, ela não manda. Quem tem a ultima palavra sou eu! Será que ela não consegue pelo menos me ouvir e me obedecer? Aliás, Miley já está bem grandinha pra dar uma de adolescente rebelde.
Diminui a velocidade quando cheguei a casa em que estive em frente horas antes. Saí do veículo segundos depois do Chad que se encontrava no banco de carona. Bati a porta com força e fui caminhando em direção a entrada da casa já tentando conter minhas emoções. Mas antes que eu entrasse na casa, escutei risadas vindas da mesma calçada em que me encontrava. Olhei para o lado, e avistei um casal cambaleante e risonho entrando num Ashton Martin preto. É. Exatamente o casal que você deve estar imaginando. O que pensam que estão fazendo? O Nicholas não tem condições nenhumas de dirigir, muito menos a Miley.
–Ei! – gritei, fazendo a atenção dos bêbados ser minha. – Vocês não vão de jeito nenhum dirigir. Venham os dois para o meu carro! - berrei já não conseguindo mais manter a calma. Onde que a cabeça da Miley estava quando decidiu beber? A idiota já sabe que é fraca para isso e quando está nesse estado faz coisas completamente insanas. Espero que a primeira delas essa noite seja apenas ir de carona com um Nicholas embriagado. E espero que seja a ultima.
–Tio! – exclamou ela correndo para me dar um abraço, como uma criança. – Você veio me buscar, que bonitinho dando um de pai responsável...
–Ele é seu pai, Miles. Esqueceu? – falou Nicholas com nenhum pingo sequer de desconfiança.
–Ah! É mesmo! Você é meu pai, esqueci que desse detalhe. – ela fez um “shhh” com o indicador nos lábios e depois caiu na gargalhada.
– Steve, não é melhor levar ele também lá pra casa? – perguntou Chad. – Não acho seguro deixar o Jonas ir para a casa dirigindo.
–Boa ideia. – falei ainda reprovando inutilmente com o olhar uma Miley abobalhada.
– Acho que ele vai ter que dormir no meu quarto... – disse Miles sorrindo maliciosa recebendo um sorriso semelhante de Nicholas.
– Nem pensar! Chega de bagunça por hoje. – a interrompi antes de terminar a frase. – Entrem logo na merda desse carro antes que eu largue os dois no meio da rua.
Depois de nós quatro entrarmos no veículo, dei partida para a minha casa ainda furioso.
Nicholas Narrando
Os latejos em minha cabeça eram tão fortes, que parecia que explodiria a qualquer momento. Os suaves raios de sol que escapavam pelos pequenos espaços entre as persianas levemente fechadas não incomodavam meus olhos, mas sei que uma hora teria que encarar o dia ensolarado que torturaria meus olhos mal acostumados.
Sentei-me na cama de um quarto desconhecido e parei para raciocinar e tentar lembrar tudo que aconteceu no dia anterior. Festa, Miley, beijo, jogo, bebidas, muitas bebidas... Agora eu lembrei que o pai da Miley e outro cara me trouxeram para casa deles, o pior de tudo? Bêbado. Ótimo, ele deve estar me odiando agora. Eu que incentivei a Miley ir para festa em que ela bebeu todas por causa de um jogo que eu chamei pra jogar, e quase a levei comigo de carro totalmente chapado. Se não fosse pelo Steve nós poderíamos ter sofrido um grave acidente. Droga, droga, droga! Tudo culpa minha!
Mas de uma coisa não me arrependi naquela festa. O beijo. Aqueles seus lábios tentadores, seus olhos encantadores, seu perfume irresistível. Lembro como se eu estivesse vivendo esse momento agora mesmo. E ela finalmente está a fim de mim. Miles agora é minha namorada, só minha. Mal posso esperar para que nós... Você sabe... Transarmos. Só de imaginar ela totalmente entregue a mim, ouvir seus gemidos e suplicas por mais, a troca de toques... Abri um sorriso ainda um pouco distante e pensativo, imerso na minha suja imaginação. Senti um leve calor começar a tomar conta de mim e acordei de meus devaneios para me focar no presente. Ás vezes eu preciso controlar alguns pensamentos em momentos errados, principalmente os pervertidos.
Onde será que tem aspirina? Essa dor de cabeça está ficando pior a cada vez que me movimento. Saí do quarto para procurar a Miley para conversar sobre ontem ou até mesmo o Steve para me desculpar, mas no segundo andar não havia ninguém exceto por mim.

Miley Narrando
Desci as escadas um pouco tensa. Sei que ouviria muito do meu tio. Quando acordei eu encontrei um copo de água, um remédio e um bilhete no qual estava escrito: “Temos que ter uma conversa muito séria. Depois que ler esse bilhete, me espere na sala de jogos.” Ele deve estar furioso! Eu lembro como ele estava ontem e sei que ele pode estar bem pior agora que eu estou sóbria para escutá-lo. Eu não deveria ter bebido. Acho que era mais fácil acalmar Nicholas depois de me ver seminua correndo na rua, ou talvez tentar inventar ou esconder um segredo na frente de todos (já que isso é a minha especialidade) do que conseguir ouvir os sermões e berros do Steve.
Mas quer saber? Bebi muito e me diverti bastante. Além do mais, eu já consegui fisgar o Nick. Então foda-se o tio Steve.
Caminhei mais despreocupada até a sala de jogos e me deparei com ele já parado em pé de braços cruzados e me encarando sério.
– Você é surda ou tem algum retardamento metal? – e que comece o discurso!
–Prefiro a primeira opção.
– Eu falei para você não ficar bêbada, não falei? E você sabe por quê? – antes que eu abrisse a boca para falar ele respondeu a sua própria pergunta. – Para não fazer nenhuma merda na frente daqueles mauricinhos, para não falar nada que não deve. Não falar anda sobre a missão, sobre mim, sobre você, a verdadeira você. Será você não entende? Será que você não pode agir com a cabeça pelo menos nessa missão? A missão que você tanto queria e sonhava em fazer? Ou você esqueceu porque estamos aqui? - lá vem a apelação! – Eu acho que você não está mais nem aí pro motivo disso tudo, não é mesmo?
–Não exagera Steve.
– Não exagera? Quem está exagerando aqui é você. Você era pra ser mais profissional, mas não! Está entrando demais na “personagem”, está agindo como uma adolescente de dezessete anos rebelde não querendo me escutar. Mas só pra refrescar a sua memória, a senhorita já é uma mulher de vinte e três anos que dá golpes em jovens milionários. Você não é uma dessas periguetes que só vão para festas encher a cara e ficar dançando feito uma retardada! Miley, você estava lá para conquistar o Nicholas e buscar mais informações sobre o pai dele, mas pelo visto ontem se tornou uma bêbada inútil.
–Mas eu... – antes que eu pudesse protestar, meu tio me interferiu rapidamente.
– Você não conseguiu merda nenhuma em uma semana inteira! O que está acontecendo com você? Estava com uma ótima oportunidade nas mãos e jogou tudo pelos ares. Acho melhor você tomar jeito antes que eu tome atitudes drásticas. – falou andando em direção à porta da sala se achando o poderoso.
– Atitudes drásticas? Tipo o que? O que você faria comigo? Me deixar sem internet por uma semana? – perguntei irônica. Sei que estou sendo desafiadora, mas não suporto quando ele me faz sentir submissa.
Antes que ele rebatesse, Nicholas surgiu na porta da sala de jogos com uma feição um pouco tensa. Ele ainda usava sua roupa da festa, mas sem a jaqueta e a camisa um pouco amarrotada e com os três primeiros botões abertos.
–Não brigue mais com ela, Sr. Cyrus. Eu que fui o culpado. – falou adentrando lentamente e cautelosamente o cômodo. – Eu que incentivei. Me desculpe, mas não imaginava que o senhor ficaria tão bravo por ela ter ficado bêbada.
Eu permaneci quieta, apenas esperando a resposta do meu tio.
– Você foi muito errado em incentivá-la a isso. Mas não foi o culpado. Miley que deveria saber o que é certo e o que é errado para ela. – assim me fuzilou com os olhos. Como odeio esses seus olhares!
– Mas como namorado dela eu deveria ter causado uma primeira impressão boa, mas não foi o que eu fiz. Peço desculpas. – Nick disse um pouco sem graça. Aposto que o garoto deve estar morrendo de medo do meu tio.
–Namorado? – Steve perguntou chocado.
Abriu um sorrisinho esperto para o cara chato a minha frente e respondi.
–Sim, papai. Eu e Nick começamos a namorar na festa de ontem. – Andei até Nicholas e dei um carinhoso abraço de lado. Quem é que foi a bêbada inútil, mesmo?
Ele abriu um sorriso aliviado. Obviamente, Nick estranhou a expressão do homem que ainda a pouco estava berrando de raiva. Mas, logo Steve se conteve. Disfarçou com um pigarro.
–Bom, se você gosta mesmo da minha filha e está arrependido, acho que deve levá-la a sério e não levá-la mais a confusões desse jeito. Entendido?
– Entendido.
– Nick poderia me levar pra conhecer a família dele, assim ele mostraria por senhor que queremos um relacionamento sério, né Nick? – sou um gênio ou não sou?
–Claro, Claro que sim! – disse um pouco mais seguro na frente do meu falso pai.
Com a feição mais suave, tio Steve me lançou um sorriso aprovador.
– Então está entendido. E que isso não se repita mais, os dois entenderam?
–Sim, senhor. – respondemos juntos.
–Miley empreste uma roupa minha para o Nicholas não chegar a sua casa fendendo a álcool. – Falou indo em direção à cozinha. E depois se voltou ao Nicholas. – E acho bom mesmo respeitar minha filha, ela não é qualquer uma. – disse com ar de responsável.
–E eu respeito, muito. Fique tranquilo, que vou tratá-la como merece. – disse sorrindo.
–Nick, tome um banho no banheiro do quarto de hóspedes, enquanto eu pego uma roupa limpa pra você usar, está bem?
Nick assentiu e depois foi para o seu banho enquanto eu fui à procura de alguma roupa do meu tio que caísse bem nele. Antes que eu abrisse o armário deparei-me no espelho. Ainda estava imunda também. Com meus cabelos emaranhados, vestido todo amarrotado e rastros de maquiagem um pouco manchada ainda em meu rosto, me impressionei que ninguém até agora não teve um ataque de susto quando me viu. Entrei no banheiro do quarto do Steve mesmo, lavei o rosto e prendi meu cabelo num coque um pouco frouxo. Pelo menos para não me parecer com um zumbi ou uma drogada. Achei uma roupa simples e confortável para o Nicholas, com um tamanho que certamente servirá em seu corpo. Antes de sair do quarto, lembrei que não tinha uma toalha limpa para ele se enxugar lá e peguei uma e fui em direção ao quarto de hospedes.
Entrei no quarto para deixar a roupa e a toalha e dei de cara com um Nicholas totalmente nu. Isso mesmo, do jeitinho que veio ao mundo. Ainda todo molhado, me parecia que estava procurando alguma coisa. Talvez a toalha, mesmo. Ele demorou um pouco pra perceber que eu estava na porta atrás dele.
–Miley? – seu rosto começou a corar. – É... Eu... Estava... Quer dizer... É... – ficou meio sem graça. Tão sem graça que até esqueceu de tapar suas identidades na minha frente. Mas não acho isso uma coisa ruim, muito pelo contrário.
Olhei um pouco pro chão rindo timidamente.
–Você estava procurando a toalha? – perguntei tentando disfarçar um sorrisinho mal intencionado.
–Isso mesmo!
–Toma. – entreguei a ele que logo se tocou e tratou de se tapar. O que é uma pena.
–Foi mal. Deveria ter trancado a porta. – falou rindo ainda corado.
–Sem problemas. Acontece. – dei de ombros sorrindo. – Aqui está a roupa. Espero que sirva direitinho. – estendi na cama e dei um ligeiro e carinhoso beijo em seus lábios. – Se quiser, tem uma cartela de aspirina no armário do banheiro. E meu pai vai te levar pra casa depois que ficar pronto. Aí você me liga para marcarmos de sair e... pra conhecer sua família, como prometido.
Ele sorriu mordendo seu lábio inferior.
– Está bem.
–Tchau, Nick. –falei me virando e indo em direção ao corredor.
Mas antes que eu saísse do quarto, ele me puxou pela cintura me beijou. Um beijo demorado de despedida. E depois me soltou.
–Tchau, Miley.
Depois que saí e fechei a porta suspirei de alívio. Não é fácil resistir a uma tentação dessas. Tudo bem que ele é mais uma vítima idiota minha, mas eu não sou de ferro e ele é gostoso. E muito bem dotado. Na minha mente eu já me via o jogando sem dó naquela cama e prendido o seu corpo com minhas pernas e fizesse tudo o que tinha direito, como se fosse um ataque, um ataque de algum animal selvagem faminto. Pois é, sofrer abstinência quando se passa por uma situação dessas não é fácil. Mas ainda bem que consegui disfarçar e dar uma de garota boazinha.
Sorri satisfeita só de pensar que logo, logo, irei conhecer a grande mansão. Conhecerei a maldita família Jonas e aos poucos conseguirei todas as informações financeiras da aquela empresa. E roubarei até o ultimo centavo e vou acabar com toda a aquela família. Só depois disso, viverei em paz.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Capítulo 3 - I got that poison


Oi gente! Espero que gostem desse capítulo. Nele, acontece a festa do Brian e obviamente um momento Niley :) Será que a nossa malvadinha Miley vai conseguir fisgar o Nick de vez? Por favor, deixem comentários!!!

Na sexta-feira à noite...

Estacionei meu Ashton Martin preto próximo a casa do Brian. Daqui eu já eu ouvia as batidas eletrônicas tocando alto. O ritmo era contagiante e dançante. Ajeitei minha jaqueta de couro preta e caminhei até o interior da casa preparado para uma agitada noite de festa.
–E aí Nick! – Brian surgiu correndo um pouco cambaleante pelo gramado do seu quintal e em seguida me abraçou. Percebi uma garrafa de cerveja em sua mão, mas com certeza deveria ter tomado seis outras garrafas pelo que eu o conheço.
–Aproveitando a festa? – perguntei quase gritando por causa do alto volume da música.
– Claro!- sorriu- Vai lá pegar uma cerveja pra você na geladeira e vai se divertir, mauricinho!
Fechei a expressão facial não gostando nada do apelido. Ele sabe o quanto odeio que me chamem assim. Sem hesitar, mandei um dedo do meio para meu melhor amigo.
– Uh... – Brian fez uma engraçada na tentativa de sarcasticamente parecer assustado. – Ele ta nervosinho só porque a namoradinha dele não veio com ele.
–Namoradinha? – perguntei confuso.
– A Miley. Quem mais poderia ser? – abriu seu típico sorriso bobo.
Soltei uma leve risada. Desde aquela aula de Biologia, o Brian teima alguma coisa entre nós dois. Parece até aquelas brincadeirinhas de criança. Mas não posso negar que algo naquela garota que me chama a atenção.
– Você é muito babaca, sabia? – falei rindo.
Adentrei na agitada casa acompanhado do meu amigo embriagado. Garotas gostosas dançavam extremamente sensuais na sala quase alucinando os caras que assistiam a bela visão, casais se pagavam em qualquer canto, pessoas bêbadas se jogavam na piscina ou saiam quebrando as coisas de tão tontos estavam, gente fazendo a maior zona na cozinha... Bem-vindos à festa!
Fui em direção da geladeira e peguei uma garrafa de cerveja bem gelada. Dei um grande e demorado gole para sentir a ótima sensação do líquido gelado descer a minha garganta abaixo, e encaminhei-me para a sala. Terminei a minha garrafa de cerveja, e fui dançar um pouco.
Entre passos de dança um pouco desajeitados me embalava diante à batida contagiante da música. Uma bela ruiva se juntou a mim para dançar. Não hesitei em chegar mais perto. Seus quadris balançavam no ritmo da música, chamando mais atenção ainda pra sua sensualidade. Se eu não me engano seu nome é Britany, uma das lideres de torcida lá do colégio. Ela sorria simpática pra mim enquanto dançava.
– Está gostando da festa? – perguntou.
– Aham, e você? – perguntei sorrindo.
– Está um caos, mas estou adorando. – essa frase não saiu da boca da Britany, e sim de uma voz familiar que vinha atrás de mim. Me virei para fitar o belo par de olhos azuis que eu já esperava ser. Um sorriso divertido surgiu em seu rosto.
–Miley. – balbuciei seguido de um sorriso idiota.
– Pensou que eu não vinha mais? – arqueou as sobrancelhas ao perceber minha surpresa em vê-la.

Miley Narrando

Dei mais um retoque de gloss diante do retrovisor do carro enquanto ainda ouvia a chata e mandona voz de meu tio, dando pela milésima vez suas instruções, como de costume.
–Miley, tente ser sexy, mas nada de dar uma de garota de programa , ok? – falou tio Steve antes de eu sair do carro. – Mas faça-me o favor de adiantar isso e se envolver com o garoto logo. Não só eu, mas nós estamos precisando de férias.
Eu viria com o Nicholas, mas o Steve fez questão de ficar mais alguns minutos me dizendo o que devo fazer (como sempre e então tive que dispensar a carona do Jonas.
–Aham, deixa comigo. Vai dar tudo certo. E fique tranquilo, porque quando ficarmos de férias, estaremos numa enorme mansão em algum lugar da Europa. Nadando no dinheiro do futuro falido Paul Jonas! – falei saindo do carro.
Não pude evitar de sonhar alto com o nosso futuro não muito distante. Involuntariamente sorri vingativa e satisfeita só em imaginar tudo isso. Mas não vai ser nada fácil conseguir dar o golpe do baú em um homem tão poderoso como Paul. Por isso, tratei de acordar de meus devaneios logo para focar-me na primeira missão: conquistar Nicholas, seu filho caçula.
–Eu te ligo pra me buscar. – disse o deixando pra trás.
–Te buscar? Miley, eu não vou te buscar. – essa frase fez parar meus passos em direção para a festa. Só me falta voltar para casa a pé! Virei-me em direção ao carro incrédula.
–Então eu vou pra casa como? – perguntei já começando a me estressar.
– O Nicholas que te levará pra casa, entendeu? – falou confiante com aquele sorrisinho de “Eu sou o sabidão, então cale a boca e me obedeça”.
– Mas se ele não oferecer?- cruzei os braços. “Se ele não me oferecer eu arruinaria todo o seu quarto apenas usando meus sapatos como arma de destruição só pra você ter uma noção de como que meus pés ficariam” Responderia isso, mas hoje estou evitando mais discussões, portanto, apenas esperei Steve responder minha pergunta.
–Ele vai oferecer. Acredite em mim! – sorriu e logo ligou o carro novamente e foi embora.
Suspirei e fui andando para dentro da barulhenta e agitada casa.
Entrei na casa do Brian e deparei-me com um monte de gente dançando e se pegando. Típico de festas. Olhei em minha volta a procura do Nicholas, mas nenhum sinal dele. Onde será que o filhinho de papai está nesse momento?
– Oi Miley! – Brian chegou para me cumprimentar. – Nossa, você está uma gata!- disse sorrindo me olhando de cima a baixo. Era bem visível que ele estava bêbado, mas não tive muita cabeça pra ficar prestando atenção muito nisso. Queria saber do Jonas.
– Ah, obrigada! – falei com um jeitinho tímido. - Hum... Onde está o Nick?
–Não sei, ele acabou de chegar também. E pegou uma cerveja agora e... Olha ele lá! – Brian apontou para o Nicholas que estava flertando uma ruiva enquanto dançavam.
Ninguém merece. Eu não vim aqui ficar assistindo o Nick dando em cima de uma periguete qualquer enquanto eu tenho uma missão a cumprir. Não mesmo! Respirei fundo engolindo minha típica vontade de explodir de raiva e lancei um adorável sorrisinho para Brian.
–Obrigada. Agente se vê por aí.
– Nada. – retribuiu o sorriso e deu mais um gole da sua garrafa de cerveja . – Ah! Aproveite a festa, hein! – saiu dançando pela sala de estar cheia e barulhenta.
Ajeitei o cabelo pela ultima vez e caminhei em lentos e longos passos até o Nicholas. Ele ainda não me via, pois estava de costas para mim. Hum... o garoto dos charmosos olhos castanhos não estava nada mal! Vestia um jeans escuro, um All Star preto e uma jaqueta preta de couro por cima de alguma camisa que ainda não pude ver. Então me aproximei mais e mais...
–Está gostando da festa? – perguntou a ruiva enjoadinha ainda requebrando desesperadamente na sua frente.
–Aham, e você? – o Nick disse.
– Está um caos, mas estou adorando. – falei antes que a garota respondesse.
Pelo que percebi, ela não gostou nadinha da minha intervenção no seu momento (tentativa) de conquista. Mas Nick nem mesmo percebeu. Ele virou-se para minha direção um tanto surpreso com a minha presença, mas com um sorriso ofuscante estampado no rosto.
–Miley- balbuciou.
–Pensou que eu não vinha mais? – arqueei as sobrancelhas.
–É... Quer dizer, você recusou a carona, então pensei que tinha desistido da festa. – disse um pouco sem graça afundando as mãos nos bolsos da calça.
–Meu pai. Ele queria saber onde que seria festa, então eu tive que vir com ele. – dei de ombros e recebi um balançar de cabeça em compreensão. -Você pode pegar alguma bebida pra mim? – falei com um sorrisinho sedutor fazendo-o esquecer totalmente da ruiva.
–Claro, você quer cerveja, ice ou algo mais forte?
–Por enquanto só ice, por favor. – não poderia ficar bêbada de jeito nenhum perto do Nick. Imagina se eu falasse coisas demais? Nem pensar! Essa noite não passaria de duas garrafas, no máximo!
Ele foi para a cozinha para buscar a bebida pra mim como um cachorrinho obediente, enquanto eu sorria com o meu progresso. Ele estava a fim de mim, de algum modo estava. Seu jeito tímido quando está próximo de mim, seu olhar que não cansava de pairar em mim durante essa semana... Está obvio que pelo menos uma atração física ele sente. Senti um delicado e fino dedo cutucando impacientemente o meu ombro. Dei meia volta para encarar a ruivinha emburrada.
–Eu estava conversando com ele primeiro, como você se mete assim pra roubar ele de mim?
– Roubar ele de você? Ele nem é seu, nem mesmo te deu um beijo e você já acha que eu sou uma ladra de homens? – disse com uma cara irritantemente cínica.
– Mas eu estava flertando com ele, se a engraçadinha não percebeu.
–Você está certa. Estava. Não está mais. Uma salva de palmas pra periguete que nem é tão burra assim. – irônica, bati palmas o que deixou a garota ainda mais furiosa.
–Vadia. – resmungou.
–Não é que sou mesmo? – falei com um sorriso impudente.
Ela acabou desistindo de discutir comigo e foi em direção as suas amiguinhas que estavam na varanda. Com toda a certeza elas irão falar mal de mim a noite inteira. Mas pouco me importo.
–Aqui está. – Nicholas me entregou a gelada garrafa já aberta para mim sorridente, como sempre.
–Obrigada. – tomei um gole da garrafa. – Deixa eu adivinhar, os pais do Brian estão viajando e não tem a mínima idéia sobre a festa?
–Obviamente. – falou rindo. Ri também.
–Típico.
Conversamos mais um pouco até eu terminar a minha bebida. Logo depois, fui para a pista de dança improvisada no centro da sala. Nick continuou sentando na poltrona enquanto eu caminhava até meu destino. Não me preocupei em chamá-lo para dançar comigo. Ele quer me assistir , então que assiste.
Propositalmente continuei caminhando lentamente fazendo questão de me movimentar mais sexy possível. Nem precisei olha para trás para saber que seus olhos me fitavam ambiciosamente.
(N/a :Bote essa música para tocar : http://www.youtube.com/watch?v=9joqPp3peLg&ob=av2e )
No ritmo da música, me movimentava sensualmente. Despertando alguns pares de olhos masculinos em minha volta. Algumas vezes, eu olhava por cima do ombro o Nick só para parecer cada vez mais provocante, sendo retribuída por um sorrisinho mal intencionado.
Depois de alguns minutos dançando, a música Poison começou a tocar. Como de costume não me inibi em me soltar. Meio minuto depois senti um par de mãos em minha cintura e uma respiração quente batendo em minha nuca, seguida pelas seguintes palavras:
–A senhorita tem que parar de seduzir os homens assim. Chega a ser cruel. – a rouca e esperada voz sussurrou em meu ouvido. Sorri mordendo os lábios convencida e me afastei de seu corpo e me virei rapidamente para encará-lo.
–Eu? Impressão sua. – falei sem tirar o sorriso suspeito do rosto. Implore por mim, queridinho.
“Tenho veneno escorrendo dos meus lábios
Sei quem você está prestes a beijar
Você acha que dá conta disso, cara, pode começar
Entre na zona de perigo
Agite se quiser curtir, não amarele
Tome o controle, as apostas estão correndo!”
Nick me puxou novamente para si, mas agora com um pouco mais de ousadia. O que aconteceu com aquele garoto tímido?
“Tão louco, tome jeito, vou continuar nessa
Acho que não consigo mais parar
Levante, deixe cair, quando abaixar, levante de novo
Oh não, eu não vou parar nunca”
– Vai bancar a inocente agora?
Depois de recuperar o ar que me restou respondi:
–Só um pouco. – rimos juntos.
“Essa noite vou abusar desse poder de mulher má que eu tenho
Pois hoje à noite eu estou com veneno na cabeça
Esse poder que eu tenho, você será meu se eu ficar até tarde
Estou com veneno na cabeça
Estou com veneno (uh uh) estou com veneno (uh uh)
Estou com veneno, veneno na cabeça
Estou com veneno (uh uh) estou com veneno (uh uh)
Estou com veneno, veneno na cabeça”
Ficamos quietos por alguns segundos, fitando o outro. Seu olhar revezava entre os meus olhos e minha boca, cada vez mais tentado. Nossa distancia diminuía a cada instante, até nossos lábios se roçarem sedutoramente. Arfei com a tentadora vontade de beijá-lo, então me afastei de novo e continuar a dançar provocantemente diante do Nicholas. Abri novamente um sorrisinho safado, me divertindo com a brincadeirinha de gato e rato.
–Está fugindo de mim, é?
–Depende do que você chama de fugir. – caminhei novamente para perto de Nicholas. Mas dessa vez segurando suas mãos, evitando ele me agarrar de novo. Encostei meus lábios em sua orelha e sussurrei. – Pessoas que fogem das outras não ficam tão próximas assim. – antes de me afastar e olhar seu rosto, dei um pequeno beijo na região, deixando-o arrepiado.
“Eu tenho o veneno, veneno
Vou fazer você se apaixonar por mim
(Me deixe excitada, me deixe excitada)
Eu tenho o veneno, veneno
Vou fazer você se apaixonar por mim
(Me deixe excitada, me deixe excitada)”
Nick de uma forma brincalhona me reprovou com o olhar. E eu apenas arqueei uma sobrancelha.
–Vejo que gosta da música. – mudou de assunto enquanto me assistia dançando animadamente.
–Pois é, ela é bem dan... – minha frase foi interrompida pelos lábios de Nick nos meus.
Ferocidade, desejo, desespero. Esses são os melhores adjetivos para definir aquele beijo. Ele estava cansado do meu joguinho e eu cansada de fazer charme. Dei passagem para sua língua de imediato. Seus lábios deliciosos se encaixavam perfeitamente nos meus. Não podia negar que estava realmente gostando daquilo. Ele é atraente e tem uma ótima pegada, mas isso não quer dizer que perdi meu verdadeiro foco, mas será divertido ter um brinquedinho novo.
“Essa noite vou abusar desse poder de mulher má que eu tenho
Pois hoje à noite eu estou com veneno na cabeça
Esse poder que eu tenho, você será meu se eu ficar até tarde
Estou com veneno na cabeça
Estou com veneno (uh uh) estou com veneno (uh uh)
Estou com veneno, veneno na cabeça
Estou com veneno (uh uh) estou com veneno (uh uh)
Estou com veneno, veneno na cabeça”

Passeei a minha mão pelo seu ombro até sua nuca onde encontrei seu cabelo e puxei-o levemente, fazendo-o gemer prazerosamente contra minha boca. Nossas línguas movimentavam-se quase que sincronizadas, roçando-se deliciosamente. Seu braço firme em minha cintura não me soltaria tão cedo.
–Por favor, diz que não vai mais escapar de mim. – Nick sussurrou entre selinhos. O seu sussurro que mais me parecia uma súplica, me fez soltar uma risadinha.
–Não vou mais. Não tem como. – respondi.
Seus belos olhos castanhos quase sorriam para mim como se eu fosse a coisa mias importante daquela noite para ele. E eu era.

Nicholas Narrando

Num canto isolado da sala, eu e Miley ainda trocávamos beijos. Minhas mãos seguravam firmemente sua nuca, como se tivesse certeza que ela não sairia de perto de mim, suas delicadas e macias mãos acariciavam minhas costas por baixo da camisa, me deixando um pouco arrepiado. Ofegantes, nos separamos um pouco para recuperar o fôlego. Encarei seus olhos tão intensos e azuis. Ela deixou um doce sorriso escapar de seus lábios enquanto a fitava. Como ela poderia ser tão... Irresistível, encantadora, viciante? Eu sei que pode ser meio idiota pensar desse jeito exagerado de alguma garota, mas ela me faz um idiota.
–Nick, eu gosto de você. – sussurrou um pouco sem graça. – Eu... gostaria que agente fosse mais do que amigos.
Já adivinhando o que ela queria dizer, eu perguntei sorridente:
–Quer ser minha namorada?
–Quero.
Antes que eu falasse mais alguma coisa, Miley grudou seus tentadores lábios nos meus, proporcionando um alivio por estar a beijando de novo.
–E aí pombinhos! – uma conhecida voz, mais animalesca que o normal berrou atrás de mim. Nos separamos quase irresistivelmente, para encará-lo.
– Brian. E aí? – meu cumprimento foi quase que um resmungo quando dei meia volta para olhar para meu amigo.
–Oi Brian. – falou Miley igualmente desanimada, cruzando os braços.
–Ei, vem jogar Verdade e Desafio com agente! Vai ser divertido.
Mesmo ele tendo atrapalhado o clima que havia entre nós dois, não me pareceu uma má idéia. Talvez nesse jogo eu conheça um pouco mais sobre a garota ao meu lado.
– Vamos! Vai ser legal, você vem Miley? – perguntei.
Ela suspirou um pouco hesitante, mas logo cedeu.
–Ta bom... Parece divertido.
Caminhamos até o centro da sala, já quase vazia pelo horário, e sentamos formando uma roda de dez pessoas ou até menos. No centro da roda, havia uma garrafa vazia, mas próximo de nós havia várias outras ainda fechadas, esperando alguém esvaziar todas elas. Antes que começassem o jogo, o celular de Miley tocou. Ela deu uma breve checada no visor do aparelho.
– Meu pai, só um minutinho. – ela disse já atendendo ao telefone e indo em direção ao quintal da casa.
– As regras do jogo vão ser as mesmas, a não ser por uma participação especial nessa noite: Tequila! – Maggie disse animada apontando para as garrafas enquanto explicava. – Vai ser assim, toda vez que não quiser responder uma pergunta ou fazer alguma coisa para a parte do desafio, terá que tomar duas doses de tequila. Entenderam? – perguntou e todos assentiram ansiosos para o jogo.
–Qual é a dela, Nick? – perguntou o Trevor, apontando com a cabeça para o quintal onde está a Miley ainda conversando com o pai no celular. – Nessa semana inteira, as únicas pessoas que ela conversa são você e Brian. Nunca tenta se enturmar ou ser simpática com alguém.
–Ela só é tímida. Ás vezes ser nova na escola pode ser um pouco difícil pra se misturar. – falei.
–Líderes de torcida já estão pensando em chamá-la pra equipe por causa do condicionamento físico e beleza dela. Garoto nenhum a deixaria de lado. Além do mais, ela é inteligente e não sentiria dificuldade em entrar no grupo dos nerds, também. O máximo que ela fala com alguém que não seja você ou Brian é o perguntar as horas e onde você está. – ele disse acompanhado de algumas concordâncias de outras pessoas na roda.
–Miley é nova aqui em Los Angeles. Não está acostumada com a Califórnia. Talvez esteja um pouco deslocada. – dei de ombros, mesmo achando estranho esse comportamento.
–Nick, chame ela. Quero jogar logo! – resmungou Brian sentado no chão com o a cabeça deitada no ombro da Maggie.
–Ok.
Fui em direção dela silenciosamente para dar um susto. Sorri um pouco malicioso. Em passos lentos cheguei a poucos centímetros dela ouvindo sua conversa.
– Fique tranquilo, vai dar certo. Estou no controle.

Miley Narrando

– Fique tranquilo, vai dar certo.Estou no controle. – falei essas palavras pela milésima vez no dia e desliguei o celular, farta da preocupação e a cautela excessiva do Steve.
Ainda fitando o jardim da casa à luz do luar, bufei estressada. Fala sério, restrições não é pra mim. Preciso beber, e muito. Quando virei para ir em direção a sala, dou de cara com o Nick. Soltei um som assustado pela boca.
– Bú! – falou sarcástico.
Pousei minha mão em meu peito ainda com o coração descompassado, tentando me recuperar do susto. Demorei alguns segundos para poder processar o que estava acontecendo. Droga! Há quanto tempo o Nick estava atrás de mim? O que ele ouviu?
–Então, a conversa estava um pouco tensa entre você e seu pai... – será que ele está sendo irônico? Ironia não é um bom sinal.
–Nick, eu posso expli... – falei um pouco nervosa com medo de estragar tudo.
–Tudo bem, seu pai é meio protetor, entendo. Ás vezes agente precisa mostrar que está tudo bem pra eles não fazerem nenhum escândalo na festa do amigo. Acredite, já passei por este vexame. – ele me interrompeu, falando de um modo compreensivo. Suspirei aliviada eliminando qualquer suspeita dele ter entendido algo demais.
–Pois é, ás vezes ele é liberal, ás vezes é um chato protetor, não sei o que fazer com meu pai. – falei acompanhando a risada de Nicholas.
–Então, vamos jogar? – perguntou. – Todo mundo está esperando impacientes por você lá na sala.
–Vamos! – falei.
Então ele segurou minha mão carinhosamente e me puxou para a sala. Não pude evitar soltar um sorriso quando percebi o carinhoso, e despercebido ato de Nick. Ele está cada vez mais envolvido, e mal percebe.
–Até que enfim! – reclamou Brian que mal se aguentava em pé. Com dificuldade voltou a sentar no chão do lado. Do jeito que está, não vai demorar muito para ele apagar. -Certo, que os jogos comecem!


Espero que tenham gostado. E pra quem já está atualizado no Nyah, postarei sexta-feira um capítulo inédito. E garanto que nesse terá fortes emoções!!! 
Como estou no começo do blog e não tenho muita experiencia com isso, peço a ajuda de vocês para divulgá-lo para seus amigos blogueiros que gostam de ler Niley!!! E até pro povo do Nyah que tá meio desligado hahaha 
Obrigada por estar acompanhando!!! 
Beijos